sábado, 1 de maio de 2010

Em rubras meias, pernas que dourei ao sol...


Em rubras meias, pernas que dourei ao sol...

Ardente - este desejo atiça no meu pelo
anseio desmedido em beijo santo e fero.
Desfilas pouco a pouco o teu perfil e ao tê-lo,
alcanço o paraíso em ti num som bolero.

Acesa - minha boca eivada a louco apelo
alquebra-se ao destino e novos ritos quero.
Sonhar candente céu, preciso merecê-lo
envolta em teu lençol, aval de amor sincero.

O que dourei ao sol, em rubras meias guardo
e efêmera e lasciva exibo-te o pecado
das pernas – doce ardil - a entusiasmar maldades!

Um gosto forte e quente, inspiração de um bardo,
percorre-me a garganta e traz a mim salgado,
o pranto do teu falo – um mar de iniquidades!


Sílvia Mota a Poeta e Escritora do Amor e da Paz
Cabo Frio, 1º de março de 2010 – 13h49
Fundo musical: Ernesto Cortazar. Historia de un amor

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