segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Amantes [Soneto Alexandrino]


Amantes


Nós dois - quimera ilhota - um mundo assaz fecundo,
no qual relembro o amor - sereia enfim cativa,
por onde a mim propões sussurros num segundo,
por onde a ti segredo um tudo em paz altiva.


Nós dois - faustoso mundo - ilhota em mar profundo,
no qual velejo afoita - ousada e rediviva,
por onde em mim perfaz um sonho moribundo,
por onde em ti soçobro ao nada e sempre diva.
 Nós dois - somente dois - ternura em cena virgem
de areia tropical. É qual deserto ardente,
sem ilusão futura... e os céus na dor se afligem.


Nós dois - somente dois - amantes caminhamos,
boêmias nossas mãos. E o mundo transcendente,
ao féretro do sonho... exibe dois estranhos.


Sílvia Mota a Poeta e Escritora do Amor e da Paz

Cabo Frio, 31 de agosto de 2009 – 12h03

Reeditado em 4 de novembro de 2016 – 18h29


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